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Aprendendo a lidar com a "Síndrome da Cabana"


Nem todo mundo está confortável com a diminuição nas restrições de isolamento por causa da pandemia de Covid-19 no Brasil.


Recentemente, o país ultrapassou a marca de mais de 157 mil óbitos. Por isso, a atual situação de  flexibilização de quarentena pode, sim, ser um gatilho para gerar medo na hora de começar a sair de casa.


É nesse momento que a chamada Síndrome da Cabana tem chances de se manifestar.

Esse quadro começa com uma ansiedade excessiva gerada pela necessidade de sair do ambiente doméstico para fazer tarefas diárias e, principalmente, para se relacionar com outras pessoas após esse longo tempo de isolamento ao qual muita gente se submeteu.

Com a segunda onda da Covid atingindo a Europa em cheio, a situação de pânico pode piorar.


O primeiro passo para a volta à vida pós-isolamento é reconhecer que se trata de um momento difícil de readaptação e que, como tal, é natural que possa desencadear emoções como a ansiedade, o medo e a insegurança. Reconhecer que você os sente é essencial para lidar com esses sentimentos de maneira eficaz.


O objetivo não é suprimir estes sentimentos, ao contrário, é reconhecer que eles existem e são extremamente necessários para a autopreservação. É preciso ser compreensivo consigo mesmo, sem se cobrar por uma outra postura idealizada. Caso ainda assim a pessoa sinta muita dificuldade de sair de casa, é preciso pedir a ajuda de um profissional de saúde.


Isso, pois geralmente nossa mente gosta de ordem e previsibilidade. Assim, neste momento de medo pela nossa própria vida e dos nossos queridos, é absolutamente normal (e necessário para a nossa proteção) nos sentirmos assim.


Além do medo do vírus em si, existe o receio de como será o retorno à rotina. Sabemos que existirão mudanças, mas ainda não compreendemos exatamente quais, e suas dimensões, e o seu impacto direto nas nossas vidas.


A ansiedade busca cenários possíveis para que estejamos preparados para eles. No entanto, na grande maioria das vezes esse exercício de imaginação não condiz com a realidade e pode alimentar nosso medo em relação à retomada, criando cenários imaginários mais terríveis que a realidade em si.


Assim, para lidar melhor com estes sentimentos, além de aceitá-los reconhecendo sua importância é preciso procurar focar nas pequenas vitórias, no que houve de positivo em cada dia.


Quando estamos perante um grande desafio, focar no aqui e agora, nas pequenas ações que permitem darmos um passo de cada vez é um método eficiente para seguirmos a caminhada em direção ao objetivo maior e então naturalmente tudo irá se encaixando na nova rotina.


Ter planos é importante, até mesmo para manter nossa ansiedade sob controle. Mas é importante não se esquecer de que eles podem mudar e isso é bom. É preciso, na retomada, ter objetivos claros, mas estar aberto para oportunidades que surgirem no caminho. Conforme novos acontecimentos surgirem, dá para ir alterando gradativamente sua rotina de forma que atenda da melhor maneira possível as suas necessidades. Não se trata de “errar” ou “acertar”, mas de experimentação, ou seja, experimentar para descobrir a melhor estratégia para o que você precisa.


A meditação é essencial nesse momento de retomada, à medida que esta prática nos ajuda a estabilizar as emoções, focar no momento presente, propiciando maior autoconsciência e com isso um melhor gerenciamento emocional.


Meditar também nos garante mais autocompaixão (sermos mais gentis com nós mesmos), maior resiliência e melhor relacionamento consigo mesmo e com o outro. Todos esses benefícios contribuem para estarmos mais serenos e lidarmos melhor com as situações diárias.


Para os iniciantes, além de diversos cursos online disponíveis, aplicativos gratuitos como o Insight Timer são excelentes opções. Especificamente nesta plataforma o usuário encontra mais de 60.000 meditações gratuitas de todos os tipos, durações e estilos.

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